Doença de Parkinson
Dr. Gustavo Franklin, M.D. Ph.D. | Neurologista
Doutor em Medicina Interna | Prof. PUC-PR
O diagnóstico, mas principalmente o tratamento da Doença de Parkinson pode ser desafiador. Por isso, um acompanhamento médico adequado, deve ser prioridade, buscando o melhor e mais moderno tratamento sempre.
Na Doença de Parkinson é uma doença genética, em que há perda de neurônios responsáveis pela produção de dopamina, uma substância produzida no cérebro que permite a movimentação dos músculos.
Confira os últimos Congressos e atividades de Dr. Gustavo Franklin em Congressos Nacionais e Internacionais
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
Dr. Gustavo em foto durante sua apresentação em evento ocorrido em 25 a 27 de Novembro de 2021em Florianópolis/SC, reuniu grandes especialistas do país para discussão de diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas.
3ºCongresso Pan Americano de Distúrbios do Movimento
Miami, Flórida, EUA
Dr. Gustavo em foto durante sua apresentação em evento ocorrido em 22 a 24 de Fevereiro de 2020, em Miami, EUA, em que participaram as maiores autoridades em distúrbios do movimento, do Brasil e do Mundo.
Buenos Aires, Argentina
Dr. Gustavo em foto durante sua apresentação em congresso ocorrido em 16 a 17 de Agosto de 2019, em Buenos Aires, Argentina, onde discutiram sobre o diagnóstico e tratamento de Doenças Raras, com os maiores especialistas do Mundo.
A falta de dopamina provoca sintomas como tremor de repouso, rigidez, lentidão de movimento, conhecida como bradicinesia e dificuldade para andar com tendência a quedas.
Os sintomas de lentidão do movimento, rigidez e/ou tremor são chamados de Parkinsonismo.
Estes sintomas da Doença de Parkinson, que estão associados à realização dos movimentos, são chamados sintomas motores.
Mas na Doença de Parkinson há também sintomas chamados não-motores.
Os sintomas não-motores, presentes na Doença de Parkinson mais comuns são a constipação (intestino preso), dor, ansiedade e depressão, distúrbios do sono, fadiga, dentre muitos outros.
Mal de Parkinson ou Doença de Parkinson?
O correto é falar Doença de Parkinson!
Durante muito tempo, referia-se à doença como "Mal de Parkinson". Mas entendemos que este nome é inadequado e carregado de preconceito.
A doença de Parkinson deve ser vista como uma doença complexa sim, mas não como uma chaga ou maldição. Da mesma forma que pessoas que possuem diabetes ou pressão alta, devemos enxergar de forma objetiva e tratar de forma responsável.
Por que acontece a Doença de Parkinson?
A Doença de Parkinson acontece pois ocorre uma (ou mais mutações) em genes que produzem uma proteína, chamada alfa-sinucleína.
A presença dessa proteína alterada, faz com que ela se acumule em vários neurônios do corpo, levando a morte destes neurônios.
Por que chamamos a Doença de Parkinson de neurodegenerativa?
Como a morte de neurônios é progressiva, há uma degeneração (morte) de neurônios, ou seja uma neurodegeneração, por isso chamamos de doença neurodegenerativa.
A Doença de Parkinson é hereditária?
Na grande maioria das vezes, a Doença de Parkinson não é hereditária.
Isso significa que se alguém tem um pai ou avô com Parkinson, não é certo que você vá desenvolver a doença também. Pelo contrário, se algum parente desenvolveu sintomas da forma mais comum, após os 50 anos de idade, o que se espera é que você não desenvolva a doença.
No entanto, a doença possui sim um componente genético. Isso quer dizer que, quem tem um familiar com Parkinson, possui uma chance/probabilidade maior de ter a doença em relação às pessoas que não tem ninguém afetado na família. Mas é um chance ainda pequena, de maneira geral.
Agora, existem casos de parkinsonismos hereditários, em que há um gene mutado e que, sim, passam de pai para filho. Estes, porém, são muito mais raros, e mais usualmente possui início mais precoce dos sintomas motores (frequentemente antes dos 30 ou 40 anos de idade).
Como ocorre a evolução da Doença de Parkinson
Geralmente a doença se inicia muitos anos antes de aparecerem os sintomas motores, como tremor ou rigidez. Ela pode se iniciar apresentando apenas constipação (intestino preso) e este se o único sintomas por anos. Depois de algum tempo o paciente pode apresentar alterações no sono, chamado de distúrbio da fase REM. Pacientes com distúrbio de sono REM, tendem a movimentar-se bruscamente durante o sono, falar dormindo e apresentar sonhos vívidos (que parecem reais).
Além disso é comum o paciente se queixar de dificuldade para sentir cheiros e apresentar sintomas psiquiátricos, como Transtorno de Ansiedade e Depressão.
A doença então evolui com aparecimento de sintomas motores (neste momento que geralmente é feito o diagnóstico pelo neurologista).
Os sintomas motores se manifestam na forma de:
Rigidez: Os membros ficam mais "duros" e se tornam mais difíceis de movimentar.
Bradicinesia: Todo movimento feito voluntariamente tende a ser mais lento, mais devagar. Isso inclui desde o levantar de um braço, como o andar e até o piscar dos olhos se torna mais lento e com menor frequência de piscamentos.
Tremor: Deve-se lembrar que nem todo tremor é Doença de Parkinson! A maioria das vezes não é! Geralmente o tremor do Parkinson ocorre quando o paciente encontra-se distraído, em repouso. E neste caso, quando o paciente movimenta o braço, o tremor diminui ou some!
Como a doença progride invariavelmente, e muitos sintomas podem surgir associados aos sintomas motores descritos, é de fundamental importância compreender toda a complexidade da doença uma vez que tenha sido diagnosticado. Na dúvida, sempre converse com seu neurologista!
O melhor tratamento da doença de Parkinson deve buscar tratar todos os sintomas presentes.
Nem sempre com remédio, mas, sem dúvidas, não pode deixar nenhum sintoma de lado!