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QUANDO FAZER A CIRURGIA PARA DOENÇA DE PARKINSON?

O que é a cirurgia da doença de Parkinson?

Existem vários tipos de cirurgias para a doença de Parkinson. Mas a mais utilizada atualmente é a chamada ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA, ou do inglês Deep Brain Stimulation ou simplesmente DBS.

 

Também é realizado no Brasil, a Palidotomia

Qual a diferença entre DBS e Palidotomia? ​​

Na cirurgia de DBS é feito um implante de um eletrodo ou "chip" minúsculo, em que depois fazemos uma programação para mudar os parâmetros de estímulo.

Na Palidotomia, nós fazemos uma pequena lesão, em um local muito calculado, para tirar uma conexão, que está no momento "errada", na doença. 

Entendendo a cirurgia de DBS
Na doença de Parkinson (DP), existem alterações ou "defeitos" em sinais de alguns circuitos cerebrais, que resultam nos sintomas característicos da doença.

Esse problema nos circuitos acontecem devido a falta da substância dopamina. Por isso, que o tratamento base, o mais evidente é a reposição da dopamina. Para isso utilizamos a Levodopa ( que é uma substância que é absorvida e vira dopamina). 

Além da levodopa, podemos "ativar" esses circuitos de outra forma. Uma forma é estimulando alguns desses locais, diretamente com um eletrodo. Essa ativação é indolor, imperceptível. Quando esses sinais defeituosos são ajustados, há uma melhora nos sintomas.

 
Quando Fazer a cirurgia de DBS?

A cirurgia não é uma cura para a doença. E, embora possa melhorar vários sintomas, não melhora todos. Assim há indicações adequadas.

As indicações para fazer a cirurgia da doença de Parkinson:

  • Ter mais que 4 anos de doença

  • Apresentar flutuações motoras (períodos on alternando com períodos off)

  • Apresentar discinesias

  • Ter até 70 anos de idade

  • Não ter demência ou comprometimento cognitivo importante

Não é necessário ter todas acima e algumas são indicações relativas. Assim uma pessoa de 71 anos pode fazer cirurgia em alguns locais e centros adequados, sim.

Quais os Riscos e complicações do DBS?

Como qualquer cirurgia, a cirurgia de DBS tem riscos e complicações possíveis. Isso não quer dizer que vai acontecer. Mas que temos que ter ciências das possíveis complicações. Na maioria das vezes, elas não ocorrem, sem dúvidas.

As condições decorrentes do procedimento podem ser permanentes ou temporárias.

 

Complicações temporárias 

Complicações temporárias ou reversíveis podem ocorrer como um efeito colateral associadas à cirurgia ou da estimulação em si. A maioria dessas complicações acabam após alguns dias da cirurgia ou após ajuste da estimilação. Esses tipos de complicações incluem:

  • Problemas relacionados a movimentos involuntários: discinesia, agravamento temporário de dificuldades motoras, problemas de equilíbrio podem ocorrer após a DBS. Na maioria dos casos, ajustar as configurações de estimulação resolve esses efeitos colaterais.

  • Dor de cabeça, tontura, formigamento no rosto ou nos membros: em geral são leves e temporários e melhoram ou acabam após ajuste das configurações do estimulador. Esses efeitos indesejados costumam desaparecer rapidamente quando o estimulador é desligado.

  • Alterações de humor, memória e cognição: a cirurgia de DBS pode impactar negativamente a memória e o raciocínio. Outros sintomas possíveis incluem ansiedade, depressão, confusão, ou um humor excessivamente elevado. Esses sintomas psiquiátricos geralmente desaparecem poucos dias após a cirurgia e tendem a sumir por completo. Caso esses efeitos persistam, certos medicamentos podem ser prescritos para tratá-los. Indivíduos com problemas cognitivos ou psiquiátricos preexistentes, como demência ou depressão severa, têm um risco muito maior de desenvolver essas complicações e, normalmente, não são considerados aptos para a terapia de DBS.

  • Convulsões: algumas pessoas submetidas à DBS podem experimentar convulsões, que costumam ocorrer na primeira semana após a cirurgia, mas geralmente não se repetem. Se as convulsões persistirem, elas podem estar associadas a um acidente vascular cerebral, ou infecção cerebral, que não são comuns de acontecer. 

  • Infecção: há um risco de infecção nos locais da cirurgia, seja no cérebro, couro cabeludo ou tórax, com uma probabilidade de aproximadamente 3-4%. Durante o procedimento, são administrados antibióticos para prevenir infecções. 

Complicações permanentes

O risco de complicações sérias ou permanentes decorrentes da terapia de DBS é baixo. O risco de morte, por complicações associadas ao procedimento, ocorre como qualquer cirurgia. Mas estima-se que seja menor que 1%.


Risco de AVC, acidente vascular cerebral decorrente de sangramento no cérebro durante a cirurgia é um pouco maior que 5%. Quando ocorre um sangramento, no entanto, tende a ser pequeno e não levar a sequelas permanentes, mas sim, pode ocorrer de ficar alguma sequela como alterações na visão, na fala ou em um movimento. 

Quais sintomas a cirurgia de DBS melhora?
  • Tremores

  • Rigidez

  • Bradicinesia ou lentidão de movimentos

  • Discinesia (movimentos involuntários

  • Distonia (contrações musculares semelhantes a cãimbras)

  • Flutuações “on/off”

Entendendo a cirurgia para Parkinson

A cirurgia de DBS não é uma cura para a DP, mas sem dúvidas pode auxiliar muito o controle de alguns sintomas, principalmente quando bem indicada. 

O DBS pode melhorar os sintomas motores da DP, inclusive tremores, rigidez e bradicinesia; também pode ajudar a melhorar discinesia, distonia e flutuações motoras. Alguns sintomas, como a marcha (o andar), e a memória tendem a não melhorar com a cirurgia.

O DBS não substitui os medicamentos, embora ao realizar a cirurgia possamos diminuir alguns medicamentos e quase sempre precisemos modificar o tratamento.

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