Autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta características básicas relacionadas à comunicação, interação social e o comportamento.
Além do prejuízo em se comunicar verbalmente e não verbalmente, de se relacionar com outras pessoas, o indivíduo autista tende a ter gostos muito restritos, seja para alimentos, seja para jogos e brincadeiras. É comum ter atitudes organizadas e rotinas muito bem estabelecidas e mudanças nessas rotinas são capazes de causar extremo mal-estar ao paciente.
Pode haver relação do Autismo com déficit cognitivo, principalmente quando associado a síndromes neurológicas. No entanto, há vários níveis e há indivíduos com aumento da capacidade cognitiva e altas habilidades, particularmente nos indivíduos com autismo leve, o qual chamávamos anteriormente de Síndrome de Asperger.
O mais comum, entretanto, é que a real inteligência, considerando os múltiplos aspectos de suas habilidades, seja difíceis de ser avaliados. Devido à limitação de comunicação, característica do distúrbio, pode ser que nunca se avalie todas as reais capacidades do indivíduo.
É fundamental, assim, que uma vez diagnosticado, haja um empenho constante em estimular e ampliar as capacidades e um esforço contínuo em incluir e socializar o indivíduo do espectro autista.
O que causa o Autismo?
As causas do autismo não são bem conhecidas. Estudos sugerem que há um componente genético (a chance de um segundo filho ter autismo, após o primeiro ser diagnosticado, é aproximadamente 20%), associado a um fator ambiental.
Há relação de algumas doenças neurológicas, como Síndromes epilépticas, má-formações cerebrais e outras síndromes específicas.
Uma coisa é certa: vacinas não causam autismo!
Vacinação X Autismo
O relato de associação de qualquer vacina com o surgimento ou com a possiblidade de se ter autismo é uma LENDA.
Vários estudos foram realizados desde a década de 90 que comprovaram que não há qualquer relação entre vacinação e autismo!
A origem da lenda se iniciou após uma publicação ocorrida há mais de 20 anos, em que concluía que há mais pessoas com diagnóstico de autismo do que algumas décadas anteriores ( quando ainda não tinha surgido ou popularizado o uso das vacinas).
O que logo depois ficou bem descrito é que o diagnóstico de crianças com autismo aumentou exponencialmente nos últimos anos, coincidindo com o surgimento e a ampliação do uso das vacinas. Ambos refletindo avanços lógicos da ciência, em que a cada dia amplia a compreensão de várias entidades, facilitando os diagnósticos.
O que acontece é que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista aumentou por vários motivos, como o entendimento maior do distúrbio, surgimento de critérios diagnóstico, maior especialização dos profissionais, dentre muitos outros. Tudo isso faz com que hoje seja muito mais fácil diagnosticar o Autismo.
Além disso, o uso das vacinas tem se ampliado justamente por se mostrar extremamente eficaz no combate e prevenção de várias doenças. Uma vacina ou qualquer medicamento só pode ser comercializada e usada após comprovar ser útil e demonstrar que não causam malefícios importantes.
Assim, lembre-se: não há relação entre autismo e vacinação!